sábado, março 25, 2006

"Pre" Encerramentos

Achavam que eu ja tinha desaparecido não era? pois, mas não, como de costume ando a procura de inspiraçao

Ora, o que esta na moda são os encerramentos e é sobre isso que eu ja tenho algo alinhavado, contudo, antes de falar nos potenciais encerramentos na rede ferroviaria ca do burgo mando já aqui uma sugestão para o primeiro encerramento:

Que tal de se encerrasse as instalaçoes da CP da Calçada do Duque e se mandasse para o desemprego todos aqueles quadros que por lá "bulem" e são uns perfeitos inúteis?

desconfio que la se ia metade do defice operacional da CP

até um dia destes

Já agora um aperitivo acerca das merda que os encerramentos da ferrovia geraram (e a prova que há portugueses de 2ª)

in http://www.bragancanet.pt/voznordeste/complecta.php3?id=3173


Novo golpe para a região
Rodonorte quer abandonar 34 linhas de transporte
A situação apresenta-se com acrescida gravidade para Bragança, porque 32 das 34 concessões estão em funcionamento neste distrito onde, recentemente, dezenas de povoações se viram privadas do transporte rodoviário alternativo ao comboio, cujo troço Mirandela/Bragança foi desactivado no consulado de Cavaco Silva, em nome da racionalização de custos. A Rodonorte, em requerimento apresentado à Direcção Geral dos Transportes Terrestres pretende a suspensão de 32 linhas no distrito de Bragança (ver quadro) e somente duas no de Vila Real (Pópulo-Vila Pouca de Aguiar e Minas de Jales-Pópulo).Entretanto, para já, aquele departamento governamental só estará disposto a deferir a suspensão das ligações Macedo de Cavaleiros/Santa Combinha, Corujas/Macedo de Cavaleiros, Algoso/Vimioso, Bragança/Formil e Bragança/Macedo de Cavaleiros. De qualquer modo, as perspectivas para muitas localidades do distrito são, a prazo, de vir a ficar sem transporte colectivo rodoviário ou, encarando a situação com algum optimismo, de ver significativamente reduzidas as circulações, com os evidentes prejuízos na qualidade de vida das pessoas e nas suas condições de mobilidade, induzindo ainda maior abandono dos espaços rurais. As próprias vilas e a cidade de Miranda do Douro ficarão ainda menos acessíveis nas circulações intermunicipais. Vinhais, Vimioso e Mogadouro serão dos municípios mais prejudicados, mas também Torre D.Chama, Izeda e as aldeias de alguma dimensão do município de Macedo de Cavaleiros, como Lagoa, Morais e Talhas. Pressão sobre as câmarasA vontade de abandono por parte da Rodonorte tornou-se evidente no verão passado, quando o município de Bragança se viu confrontado com a ameaça de abandono do transporte de alunos nas diversas concessões atribuídas à Rodonorte, se não fossem acrescidos cerca de 18 000 euros aos preços habituais dos passes suportados por aquela Câmara Municipal. De facto, no princípio de Agosto, a empresa anunciou mesmo que, a partir de 31 daquele mês, não transportaria nenhum estudante.As aulas iam começar no fim da primeira quinzena de Setembro e os responsáveis do município bragançano solicitaram então que a Rodonorte assegurasse o transporte enquanto lançavam novos concursos, sugerindo à empresa que também se apresentasse. No entanto, a Rodonorte não concorreu, mantendo o transporte até ao fim do ano civil, não sem deixar de exigir o pagamento dos referidos cerca de 18 000 euros. Se a empresa alegou prejuízos com o transporte de estudantes, a verdade é que, agora, sem esse rendimento, verá, concerteza, ser ainda mais deficitária a exploração das diversas linhas, o que poderá vir a servir para justificar novas tentativas de suspensão das carreiras. Entretanto, as câmaras municipais não estão em condições de garantir alternativas suficientes para as populações, pairando a ameaça de novos isolamentos, com as consequentes tendências desertificadoras. Esta situação já fora suscitada pela Voz do Nordeste quando, em 25 de Setembro de 2002, interpelou o Secretário de Estado dos Transportes, Seabra Ferreira, sobre tal eventualidade. Então, o responsável governamental, admitiu o fim de diversas linhas de autocarros, avançando possibilidades, mais ou menos miríficas de apoio governamental a carreiras de mini-bus e táxis colectivos.A lei estabelece que, onde existem concessões de transportes colectivos, o transporte escolar deve ser assegurado por essas empresas, pagando os municípios os respectivos passes dos alunos transportados. A posição da Rodonorte, conjugando a pretensão expressa junto da DGTT e a pressão sobre os municípios para o aumento dos preços, revela que, em breve, o abandono será definitivo ou, pelo menos, o serviço passará a ser proporcionado em condições tais que ninguém o utilizará, o que contribuirá para justificar a desactivação. Assim aconteceu com o troço de caminho de ferro Bragança/Mirandela. Por outro lado, há 30 anos, quando a empresa Cabanelas, que foi depois comprada pela Rodonorte, desenvolveu um processo de lançamento de transportes intensos para as diversas localidades, até erradicar do mercado a sua concorrente Mirandelense para, depois, quase imediatamente, começar a retirar circulações, sem ter em consideração as expectativas que havia criado junto dos utentes. A consumação destes abandonos poderá ser mesmo já irreversível, porque a Voz do Nordeste sabe que a empresa Inter 2000, sedeada no concelho de Bragança, já solicitou a concessão da carreira Bragança/Paradinha Nova à Direcção Geral dos Transportes Terrestres.Autarcas vão reunir com Director Geral dos TransportesOs presidentes dos municípios afectados pela eventualidade da desactivação destas carreiras já estão, na generalidade, informados da situação, com excepção de Beraldino Pinto, de Macedo de Cavaleiros, que se declarou surpreendido. De qualquer modo, todos os responsáveis que contactámos nos falaram de uma próxima reunião com o Director Geral dos Transportes Terrestres, eventualmente no fim desta semana, com vista a encontrar soluções para os transportes colectivos na região.Todos dizem aceitar a necessidade de repensar o modelo de transportes na região, depois do acelerado processo de rarefacção demográfica. No entanto, Beraldino Pinto considera “impensável” a desactivação de algumas carreiras, nomeadamente Macedo de Cavaleiros/Mogadouro, Bragança/Lagoa ou Macedo/Talhas.José Rodrigues, de Vimioso, diz estar preocupado e tentará criar condições para que seja a própria câmara a dar respostas. Já Jorge Nunes, presidente de Bragança, diz esperar que, na sequência da reunião com o Director Geral dos Transportes Terrestres, se encontrem formas de garantir a “mobilidade mínima” das populações, conceito que clarifica fazendo-o corresponder às condições de que actualmente dispõem. Relativamente aos pedidos insistentes da Rodonorte, desde há dois anos, para que a câmara subvencionasse a empresa, considera que seria impossível à face da lei. Segundo o autarca de Bragança, haverá que procurar soluções de nível intermunicipal, ao mesmo tempo que o próprio Estado deverá garantir o tratamento equitativo de todos os cidadãos. De facto, não se compreenderá que os transportes públicos das grandes metrópoles mobilizem biliões da parte do Estado e os cidadãos do distrito ficarem sujeitos ao abandono definitivo. Carlos Taveira, de Vinhais, reconhece que a situação se está a tornar “cada vez mais complicada”, mas diz “crer que há-de haver outras empresas interessadas” nas concessões. Das câmaras contactadas esta foi a única que aceitou pagar à Rodonorte um acréscimo para manter o transporte na linha Ervedosa/Vinhais. T.V.