quinta-feira, novembro 15, 2007

PSE's CTC's & CCO's

Ora, na senda de uma melhor prestação de serviços aos seus clientes, a REFER, lá voltou a inovar e naturalmente deu merd@!

a instalaçao em questão

Como se pode ler na bela da noticia, o CCO,Centro de Controlo Operacional, ou como já é chamado por aí, o prédio das 3 mentiras:

- Não é no centro, é em braço de prata
- Não controla nada, antes pelo contrario, como se viu dia 11, que foi um pandemónio
- E muito menos está operacional...


foi inaugurado no passado dia 11 e no dia 13 deu barraca da grossa. Diga-se que isto já se estava a prever. Não há instalação de sinalização ferroviária moderna nova que não dê barraca da grossa nos primeiros tempos. É um dado adquirido e os pequenos problemas do domingo e 2ª feiras já faziam crer que isso iria ocorrer em grande escala mais tarde ou mais cedo. O mais engraçado é que tudo isto teria sido facilmente evitável, apenas com mais uns poucos de homens, de prevenção nos PSE's mais distantes.

Se calhar é melhor explicar isto:

A estrutura de controlo de sinalização utilizada em Portugal actualmente, nas instalações modernas, é feita de forma a que se possa controlar tudo de uma forma central.

Ora, tudo começa nas estações, onde muitas delas já nem podem ser controladas localmente como era costume ver-se antigamente. São as chamadas estações satélite. Geralmente, uma a cinco estações satélite, dependem por sua vez de uma estação de concentração. Nessa estação está instalado o PSE, que é um Posto de Sinalização Electrónica. Esse posto, basicamente, por ser vital para a segurança tem software (coadjuvado pelos velhos e fiáveis relés) praticamente infalivel. Daqui para cima é que as coisas começam a "piorar"

catálogo do sistema de sinalização ESTW L90

Normalmente, pese poderem ser controlados localmente, os PSE's de uma linha ou região, são normalmente controlados centralmente a partir de uma estação sede, onde fica instalado o CTC, que é o Controlo de Tráfego Centralizado. Por exemplo, o agora defunto CTC de Campolide controlava 6 PSE's das linhas de Sintra, Cintura e Sul/Alentejo

Normalmente a coisa ficava por aqui... já dava barraca que chegasse de vez em quando. A Refer nao "sastestesfeita" com isso, decidiu criar os CCO's. Os CCO's, vão "controlar" os CTC's (é uma figura de estilo pois mais do que certamente o CCO's interage directamente com os PSE's). O CCO de Braço de Prata vai controlar as linhas que estão da linha da Beira Alta a Pinhal Novo e Vendas Novas + -

Assim sendo, como disse, bastava a refer ter mantido os homens nos PSE's mais afastados durante toda esta semana (que deveria bastar) que 1/10 destes problemas nao teriam acontecido certamente.

Por isso, ao contrário do que é dito AQUI os meios alternativos e fiáveis de controlo sempre estiveram ao serviço... A REFER, é que como de costume deu um arzinho da sua inabilidade para controlar a circulação ferroviária de um modo eficiente



O que mais me impressiona, é que perante o caos, a REFER reagiu com a sua habitual impassividade estóica não tendo até hoje. Ainda hoje estou para saber como é que no raio daquela empresa, se põem instalações desta natureza ao serviço sem o mínimo respeito pelos utentes. Até ao momento ainda nem sequer se deram ao luxo de mandar um comunicado detalhado ca para fora (certamente já à espera de barracas adicionais!). Giro giro, é que depois da barracada que se verificou na manhã do dia 13, a tarde ainda foi pior!
Definitivamente, aqui temos uma empresa que nao quer aprender com os seus erros!

ciao!

1 Comments:

Anonymous Jimoto no shinben said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

1:53 da manhã  

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