segunda-feira, janeiro 23, 2006

Fernando Ruas

Que esse senhor(a natureza publica deste blog, obriga me a não insultar o dito senhor aqui...) não respeita o caminho de fero, isso já todos sabiamos. Agora que ele também não respeita os ferroviários é uma novidade:

http://jn.sapo.pt/2006/01/22/centro/refer_quer_tirar_estacao_operario_re.html

Giro giro será saber o papel da CP / Refer (que lembre-se, não gere habitação social...) no meio disto tudo...

Por mim, comboio em Viseu só se for um comboio turistico... aquela gente, enquanto continuar a eleger aquele dinóssauro autárquico (Comunicação social dix it...não eu...) não merece ter o caminho de ferro de volta !!!

domingo, janeiro 22, 2006

CP Export S.A.

Ora, decorridos alguns dias do embarque de vário material da CP, tido como excedentário, para a Argentina, venho aqui mandar a minha posta de pescada.

Tendo em conta o destino que os mui inteligentes administradores da CP costumam dar a material tido como excedentário, fico deveras agradado com o destino dado a este material, em principio ira para servir quem dele precisa e que creio o irá estimar (acho que os argentinos não sabem que compraram "material de guerra". É que as Sorefames (o nome dado as carruagens exportadas) são danadinhas para papar quilómetros com pouca ou nenhuma manutenção!)

As razões que levam a que este material esteja na condição de excedentário é que são totalmente discutíveis, pois ao fim de tantos anos de negligência na qualidade do serviço ferroviário, com supressões atrás de supressões de ligações populares, nomeadamente com a aniquilação total dos serviços inter regionais, é natural que haja bastantes carruagens excedentárias, dado que as mesmas eram a espinha dorsal deste tipo de serviços.

Já as locomotivas, o caso acaba por ser outro, pois para além de grande parte da rede já estar electrificada ou em vias de o ser*, muitas dessas maquinas já padecem dos males da idade...a série diesel mais recente da CP creio serem as 1900 / 1930, já com 20 anitos e mesmo essas dispõem de umas condições de trabalho e fiabilidade (não incluir as 1550 sff) que, para os padrões actuais, já vão deixando algo a desejar. Para além de locomotivas eléctricas, se calhar já ia sendo altura de alguém tentar ensinar a EMEF a construir locomotivas diesel...

É afirmado pela CP que ficará com uma reserva "estratégica" (ena, a CP tem estratégia !!!) de carruagens. Eu pergunto:

PARA QUE?

A CP não gosta de efectuar comboios de maquina e carruagens sem ar condicionado (deve ser para evitar que a malta se constipe ou apanhe calor no Verão) e o único sitio onde (ainda) o faz é no Douro porque os filhos da put@ dos passageiros insistem em ir passear para ali de comboio. Enquanto não electrificarem a linha do Sado até ao Barreiro (para certamente a entregarem a um operador privado v1.0) ou cortarem os suburbanos de Praias do Sado ao Pinhal Novo (para certamente a entregarem a um operador privado, v2.0), não há UTD's (automotoras de três carruagens) que cheguem para tanto Filho da...perdão... Passageiro.

Para alugarem comboios também são sobejamente conhecidas as dificuldades postas pela CP, chegando ao cúmulo de um conhecido grupo inglês de aficionados do caminho de ferro português, a determinada altura, ter trocado os passeios cá pelos em Espanha, por a CP exigir balúrdios! Entretanto a CP acalmou e voltaram, continuando a existir, naturalmente, os episódios mais rocambolescos possíveis:

A CP tem duas séries de locomotivas inglesas. As 1400, que ainda circulam (são umas maquinas laranjas, redondinhas e pequenas, só com uma cabine, que nos dias de hoje se limitam a fazer comboios de passageiros no Douro apesar de em termos de mercadorias andarem em todo o país) e as 1800, que já não estão ao serviço (algo inexplicavelmente) mas que ainda há uma em condições. Ora, os ingleses quiseram comprar uma 1800, ao que a CP respondeu que não, sendo que a razão dada foi... Bem, não me recordo, mas o eventual mau estado da 1800 (que não creio que fosse o caso) não seria razão da parte dos ingleses para o negócio ir avante.
Talvez fosse e seja esse o problema, o facto de haver o perigo de os ingleses provarem que as 1800 são máquinas fiáveis**, o que poderia ser muito chato, em termos de opções passadas!

Uma outra história, decorre neste momento. Lá para o fim do mês, os ingleses voltam cá e tinham pedido à CP a 1805, a tal em condições, para uma das pernas da viagem. Ora, a 1805, num dos últimos passeios deles, deu o badagaio ali em Mafra. Entretanto, passou-se algum tempo no repara / não repara, até que se decidiram a repara-la. Feita a reparação, houve relatos que a mesma todos os dias andava para trás e para a frente lá dentro das oficinas do Barreiro. Há uns dias, parece que a 1805 foi fazer os testes para ver se estava apta para dar umas voltinhas. Claro que "falhou" os testes. A CP, certamente agastada, comunicou o facto à PTG (que é a empresa / organização dedicada a organizar estes passeios dos Ingleses e a qual esta ligado o Sr. Graham Garnel, o tal que queria explorar a linha do Tâmega sem ajudas do estado) que, compreendendo a situação, de imediato ofereceu 10000 euros para ajudar nas reparações que fossem necessárias!!! A CP, naturalmente recusou!!! Contudo melhor parte nem é esta. É que corre um boato, daqueles relativamente credíveis, que a 1805 está em boas condições e, por acaso, isto até é do conhecimento geral, ingleses incluídos! Claro que é só um boato, cof cof cofffff!

Bom e ainda me perguntam o que é que eu acho da CP mandar material lá para fora… Tendo em conta, que o material que não é exportado, é ovarizado (nome carinhoso que se dá ao material que é destruído por uma empresa de Ovar) e que a CP só vende lá para fora mesmo, além de só preservar o que é dela a ferros, não deixando que outros o façam estou totalmente de acordo com a exportação! Aliás, exportem tudo, até os carris…Já começo a ser da opinião que mais vale fechar esta merda toda. Acabam se os comboios mas também se acabam os tachos!

* - Creio que antes de 2010 as linhas do Algarve, Oeste, Alentejo, Douro (até a Régua) e Minho (até Viana) estarão electrificadas.

** - As 1800 estavam autorizadas a 140 km/h e no entanto, mesmo no tempo em que os IC’s não tinham Ar Condicionado, colocavam 1900 a fazer os IC’s para o Algarve. Ora, as 1900 só estão autorizadas a 100 km/h, sendo que para os IC’s estavam especialmente autorizadas a ir até aos 115 km/h. Naturalmente que muitas das vezes, esses IC’s chegavam ao destino com uma 1500/1520 ou uma 1800 à cabeça, pois a 1900 tinha ido com os porcos pelo caminho…agora alguém me explica a lógica de se colocar uma maquina autorizada a 100, a andar a 115, quando se tem maquinas de 120 e de 140?


Já agora...vejam mais esta... e se quiserem consultar o site da PTG, é só ir a : http://www.ptg.co.uk/

Abraço


PS - Seguindo eu a minha propria link, fui escarafunchar o site da PTG e dei com isto (é mais ou menos o que eu disse, mais o facto de a CP e a Renfe não se entenderem) :

http://www.ptg.co.uk/CPNews.html

14th January

Sadly CP have declared loco 1805 unfit to be used on the PTG "Return of the Vac" tour later this month. We think this decision was for political reasons and unless there is a change of management within the CP it is unlikely that this locomotive will be used again. Also due to disagreements between CP and RENFE the tour can no longer journey into Spain. On the Sunday we will instead do a circular tour of two of CP finest lines the Beira-Alta and Beira-Baixa.

terça-feira, janeiro 10, 2006

PN Digital...

Ia eu hoje a passear calmamente(aquilo nao da para mais mesmo) pelo IC 19 quando vi aquilo que julgo ser a primeira passagem de nivel digital do pais...Na PN do Papel, a unica que resta na linha de Sintra (oh gloriosos tempos em que havia carradas delas!),ali ao pe do Cacém, foi instalada uma camera de video!
Bom, provavelmente será supervisionada de campolide, onde esta o centro de vigilancia de muitas das estaçoes e estádios(mas só quando ha jogo!) da grande Lisboa, o que diluirá o seu efeito prático mas que poderá sempre ser de utilidade, caso alguem tenha tempo para os avisar que a PN está obstruida e fazer se a respectiva verificação!

Contudo, isto provavelmente apenas foi feito, para permitir um desguarnecimento barato da mesma, nao havendo, mais que certamente, uma real vigilancia da mesma(espero estar enganado!)

Fica no entanto a esperança que a REFER passe a encarar as PN's como um assunto de vida ou de morte e não como um mero item estatistico, com tem acontecido até hoje.

Nas PN's mais perigosas, uma protecção activa impõe-se com dois conjuntos de meias barreiras(um conjunto para barrar a entrada e outro para barrar a saida e impedir que algum artista em contra mão entre por ali a dentro) sinais próprios cuja posição normal é fechados, só abrindo após confirmação efectiva que a PN esta livre (os tempos de anuncio que se lixem, a confiança na segurança do caminho de ferro é que interessa). A PN do Papel, seria uma dessas!

Em PN's intermédias, a video vigilancia, um telefone de apoio e eventualmente sensores de ocupação da PN bastariam

Em PN's de baixo uso, um simples telefone de apoio acessivel ao publico bastaria para apoiar os anuncios automaticos.

Isto, de original nada tem...é uma quase copia do que se passa no Reino Unido(não se preocupem que eu filtro os disparates por la feitos), onde os incidentes e acidentes, para o bem e para o mal, são escalpelizados e daí retiradas ilacções que se reflectem ao nivel das práticas regulamentares...(tenho de admitir que por vezes são doidos.Há lá uma PN de 5 linhas a 200 km/h!!!...mas muito mais segura que qualquer atravessamento de nivel nesta país)
Ah! o INTF quando recebeu um mail com a minha sugestão para obrigar a REFER a por telefones de emergencia acessiveis ao publico nas PN's, respondeu me(um grande bem haja para a Srª Teresa Casal Ribeiro pela sua simpatia) que para aceitar a minha sugestão precisava da minha identificação completa...naturalmente expliquei lhes que, caso não soubessem(coitados, são novos no ramo e ainda têm muito que aprender!), neste ramo, só os chefes podem ter ideias e que se a arraia miuda abaixo do chefe, ousa sequer se dirigir à entidade reguladora ou similar fica marcadinho como "o espertinho", leva com um ."esta-se a meter onde não e chamado" e fica sujeito a perseguições!
Vou para cama que amanha e dia de trabalho!

domingo, janeiro 08, 2006

Amor à Camisola

Como é possivel querer-se que uma empresa seja minimamente rentavel e organizada quando os seus manda chuvas se estão positivamente cagando para o seu patrimonio historico....

http://www.sindefer.pt/nanoticia.asp?NoticiaID=1938

Como eu ia dizendo....ESTOU FARTO DESTA MERDA, ESTOU FARTO DE GENTE QUE SE RECUSA LIMINARMENTE A SER COMPETENTE, NÃO ESTOU FARTO DESTE PAIS PORQUE ENFIM,É UM OPTIMO PAÍS PARA SE VIVER PESE EMBORA TUDO ISTO!!!