terça-feira, março 28, 2006

Metropolitano de Lisboa

A proposito do belo titulo do Correio da Manhã:

Metropolitano: Foram os passageiros a chamar o 112
Metro quis evacuar 400 às escondidas

Não sei se ria, Não sei se chore!

1º - Uma evacuação por uma avaria num comboio não é razão para se chamar os Srs Bombeiros e muito menos o INEM assim por dá cá esta palha. Queixam-se que o INEM não responde quando chamado etc e tal. Pois bem, é graças a coisas destas que tal acontece. CONTUDO, e contradizendo me um pouco, é sabido que algumas pessoas tendem a ter a sentir-se mal em situações de paragens prolongadas em tunel. Teria sido conveniente ter sido pedido um equipa do INEM, DADA A QUANTIDADE DE PESSOAS ENVOLVIDAS, por mera percaução (nao confundir isto com o imperativo!). Uma falha do Metropolitano de Lisboa aqui, embora não tão séria que justifique todo este alarido

2º - A evacuação num tunel de Metro com 3º carril electrificado a 750V é um procedimento muito complexo, que pelos vistos não está ao alcance do entendimento do vulgar Portugues, nem de alguns jornalistas e nem sequer do sr Presidente Associação Nacional de Bombeiros Profissionais, provavelmente em busca de algum protagonismo. Se não percebem nada de comboios CALEM-SE, estou farto de amadores a mandarem postas de pescada acerca do caminho de ferro e as suas práticas de rotina. Já bastam a merd@ dos politicos...

3º - Os 40 minutos que o metro demorou a inciar a evacuação são a norma. Senao vejamos:

10 minutos para o maquinista tentar reparar a avaria
15 minutos para se dar inicio ao processo de evacuação e reunir o pessoal necessario a tal e criação das condiçoes de segurança para tal (há que retirar todos os comboios das imediações, cortar a energia e assegurar que os carris estao realmente sem energia)
15 minutos para chegar ao comboio e montar o material de evacuação

Melhor do que isto é impossivel, com um comboio cheio daquela maneira. As pessoas têm de se mentalizar que em lugar algum do mundo uma evacuação destas seria substancialmente mais rápida.
Têm também de se mentalizar que uma evacuação ferroviaria, por natureza, nao requer apoio de bombeiros. Há claro excepções e neste caso, talvez o metropolitano de Lisboa talvez tenha subestimado a quantidade de pessoas. Há ai uma falha, que certamente terá de ser colmatada em evacuações futuras de comboios cheios!

4º - Está provado, a instalção de rede de telemovel na linha Azul foi um susexo! Já deu merda da grossa... Desliguem mas é aquilo. Se é para causar confusoes destas (que nunca as houve, curiosamente so aconteceu logo na primeira avaria após a entrada ao serviço da rede telemoveis no metro) mais vale andar sem rede.

Enfim, mais um dia glorioso para a Ferrovia Tuga e seu ignorante e feliz Povo

sábado, março 25, 2006

"Pre" Encerramentos

Achavam que eu ja tinha desaparecido não era? pois, mas não, como de costume ando a procura de inspiraçao

Ora, o que esta na moda são os encerramentos e é sobre isso que eu ja tenho algo alinhavado, contudo, antes de falar nos potenciais encerramentos na rede ferroviaria ca do burgo mando já aqui uma sugestão para o primeiro encerramento:

Que tal de se encerrasse as instalaçoes da CP da Calçada do Duque e se mandasse para o desemprego todos aqueles quadros que por lá "bulem" e são uns perfeitos inúteis?

desconfio que la se ia metade do defice operacional da CP

até um dia destes

Já agora um aperitivo acerca das merda que os encerramentos da ferrovia geraram (e a prova que há portugueses de 2ª)

in http://www.bragancanet.pt/voznordeste/complecta.php3?id=3173


Novo golpe para a região
Rodonorte quer abandonar 34 linhas de transporte
A situação apresenta-se com acrescida gravidade para Bragança, porque 32 das 34 concessões estão em funcionamento neste distrito onde, recentemente, dezenas de povoações se viram privadas do transporte rodoviário alternativo ao comboio, cujo troço Mirandela/Bragança foi desactivado no consulado de Cavaco Silva, em nome da racionalização de custos. A Rodonorte, em requerimento apresentado à Direcção Geral dos Transportes Terrestres pretende a suspensão de 32 linhas no distrito de Bragança (ver quadro) e somente duas no de Vila Real (Pópulo-Vila Pouca de Aguiar e Minas de Jales-Pópulo).Entretanto, para já, aquele departamento governamental só estará disposto a deferir a suspensão das ligações Macedo de Cavaleiros/Santa Combinha, Corujas/Macedo de Cavaleiros, Algoso/Vimioso, Bragança/Formil e Bragança/Macedo de Cavaleiros. De qualquer modo, as perspectivas para muitas localidades do distrito são, a prazo, de vir a ficar sem transporte colectivo rodoviário ou, encarando a situação com algum optimismo, de ver significativamente reduzidas as circulações, com os evidentes prejuízos na qualidade de vida das pessoas e nas suas condições de mobilidade, induzindo ainda maior abandono dos espaços rurais. As próprias vilas e a cidade de Miranda do Douro ficarão ainda menos acessíveis nas circulações intermunicipais. Vinhais, Vimioso e Mogadouro serão dos municípios mais prejudicados, mas também Torre D.Chama, Izeda e as aldeias de alguma dimensão do município de Macedo de Cavaleiros, como Lagoa, Morais e Talhas. Pressão sobre as câmarasA vontade de abandono por parte da Rodonorte tornou-se evidente no verão passado, quando o município de Bragança se viu confrontado com a ameaça de abandono do transporte de alunos nas diversas concessões atribuídas à Rodonorte, se não fossem acrescidos cerca de 18 000 euros aos preços habituais dos passes suportados por aquela Câmara Municipal. De facto, no princípio de Agosto, a empresa anunciou mesmo que, a partir de 31 daquele mês, não transportaria nenhum estudante.As aulas iam começar no fim da primeira quinzena de Setembro e os responsáveis do município bragançano solicitaram então que a Rodonorte assegurasse o transporte enquanto lançavam novos concursos, sugerindo à empresa que também se apresentasse. No entanto, a Rodonorte não concorreu, mantendo o transporte até ao fim do ano civil, não sem deixar de exigir o pagamento dos referidos cerca de 18 000 euros. Se a empresa alegou prejuízos com o transporte de estudantes, a verdade é que, agora, sem esse rendimento, verá, concerteza, ser ainda mais deficitária a exploração das diversas linhas, o que poderá vir a servir para justificar novas tentativas de suspensão das carreiras. Entretanto, as câmaras municipais não estão em condições de garantir alternativas suficientes para as populações, pairando a ameaça de novos isolamentos, com as consequentes tendências desertificadoras. Esta situação já fora suscitada pela Voz do Nordeste quando, em 25 de Setembro de 2002, interpelou o Secretário de Estado dos Transportes, Seabra Ferreira, sobre tal eventualidade. Então, o responsável governamental, admitiu o fim de diversas linhas de autocarros, avançando possibilidades, mais ou menos miríficas de apoio governamental a carreiras de mini-bus e táxis colectivos.A lei estabelece que, onde existem concessões de transportes colectivos, o transporte escolar deve ser assegurado por essas empresas, pagando os municípios os respectivos passes dos alunos transportados. A posição da Rodonorte, conjugando a pretensão expressa junto da DGTT e a pressão sobre os municípios para o aumento dos preços, revela que, em breve, o abandono será definitivo ou, pelo menos, o serviço passará a ser proporcionado em condições tais que ninguém o utilizará, o que contribuirá para justificar a desactivação. Assim aconteceu com o troço de caminho de ferro Bragança/Mirandela. Por outro lado, há 30 anos, quando a empresa Cabanelas, que foi depois comprada pela Rodonorte, desenvolveu um processo de lançamento de transportes intensos para as diversas localidades, até erradicar do mercado a sua concorrente Mirandelense para, depois, quase imediatamente, começar a retirar circulações, sem ter em consideração as expectativas que havia criado junto dos utentes. A consumação destes abandonos poderá ser mesmo já irreversível, porque a Voz do Nordeste sabe que a empresa Inter 2000, sedeada no concelho de Bragança, já solicitou a concessão da carreira Bragança/Paradinha Nova à Direcção Geral dos Transportes Terrestres.Autarcas vão reunir com Director Geral dos TransportesOs presidentes dos municípios afectados pela eventualidade da desactivação destas carreiras já estão, na generalidade, informados da situação, com excepção de Beraldino Pinto, de Macedo de Cavaleiros, que se declarou surpreendido. De qualquer modo, todos os responsáveis que contactámos nos falaram de uma próxima reunião com o Director Geral dos Transportes Terrestres, eventualmente no fim desta semana, com vista a encontrar soluções para os transportes colectivos na região.Todos dizem aceitar a necessidade de repensar o modelo de transportes na região, depois do acelerado processo de rarefacção demográfica. No entanto, Beraldino Pinto considera “impensável” a desactivação de algumas carreiras, nomeadamente Macedo de Cavaleiros/Mogadouro, Bragança/Lagoa ou Macedo/Talhas.José Rodrigues, de Vimioso, diz estar preocupado e tentará criar condições para que seja a própria câmara a dar respostas. Já Jorge Nunes, presidente de Bragança, diz esperar que, na sequência da reunião com o Director Geral dos Transportes Terrestres, se encontrem formas de garantir a “mobilidade mínima” das populações, conceito que clarifica fazendo-o corresponder às condições de que actualmente dispõem. Relativamente aos pedidos insistentes da Rodonorte, desde há dois anos, para que a câmara subvencionasse a empresa, considera que seria impossível à face da lei. Segundo o autarca de Bragança, haverá que procurar soluções de nível intermunicipal, ao mesmo tempo que o próprio Estado deverá garantir o tratamento equitativo de todos os cidadãos. De facto, não se compreenderá que os transportes públicos das grandes metrópoles mobilizem biliões da parte do Estado e os cidadãos do distrito ficarem sujeitos ao abandono definitivo. Carlos Taveira, de Vinhais, reconhece que a situação se está a tornar “cada vez mais complicada”, mas diz “crer que há-de haver outras empresas interessadas” nas concessões. Das câmaras contactadas esta foi a única que aceitou pagar à Rodonorte um acréscimo para manter o transporte na linha Ervedosa/Vinhais. T.V.

quarta-feira, março 01, 2006

Beneficio do Utente

Ora nem mais... A nova teoria da Sr.ª Dr.ª Ana P. Vitorino:

Chular o utente e aliviá-lo dos poucos trocos que ainda vai tendo no bolso ao lhe cobrar indevidamente 75 km por um percurso de 50,8 é, segundo as palavras da dita Sr.ª "Beneficiar o utente"...

Eu aconselho a Senhora Dr.ª a ter tento na língua, pois a falar assim arrisca-se a ser nomeada Presidente do INTF.

Já agora, corre por aí um boato que o INTF vai deixar de se chamar Instituto Nacional do Transporte Ferroviário e se vai passar a chamar Instituto Nacional dos Teleféricos e Ferrobuses. Isto porque o transporte ferroviário é praticamente inexistente e quando existe, o INTF não consegue ou não quer regula-lo. Tendo em conta que sobram os teleféricos e que Ferrobus é a palavra começada por F que mais se aproxima a um veiculo-ferroviário-ligeiro-articulado-autorizado-a-circular-na-via-pública-e-que-cada-um-custa-balúrdios (ufaaaaa!!!!), vulgo Eléctrico, ou para as gentes do Norte, metro de superfície, aí se tem o novo nome com a mesma abreviatura!

Voltando à vaca fria...

A política é mesmo a ciência do uso da palavra. A Sr.ª Dr.ª não disse mentira alguma, pois a CP nunca desrespeitou a Tarifa Geral dos Transportes. O facto é que tudo roça por arredondamentos, pois de acordo com a IET 50 (que é uma instrução que tem detalhes acerca dos locais de todas as estações e equipamentos de todas as linhas do país) Barcelos fica a 50,289 km da Campanhã. Contudo, isto é a distância entre eixo dos gabinetes dos chefes das estações e como devem calcular há espaço de manobra para se alegar que a distancia real é 51 km. O problema é as consequências da diferença de 50 para 51 km...

O que chateia, e não é pouco, é a maldade que isto tudo envolve por meia dúzia de tostões que, por mais que sejam, pouca ou nenhuma diferença fazem no meio da incúria que é a administração dos caminhos de ferro portugueses e á custa de quem mais precisa!

Sim, hoje só anda de comboio quem tem baixos rendimentos, exceptuando no eixo da putaria, onde circula aquele que vai ser conhecido como o primeiro comboio de passe mundial (eu já explico) ou que não pode conduzir, regra geral estudantes, que por sua vez têm de chular aos paizinhos o dinheiro do bilhete. Assim, a CP, através das suas (des)administrações, dá a sua modesta contribuição para a máxima dos dias de hoje:

"Os ricos estão cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres"

enfim...

Relativamente ao comboio de passe, refiro-me ao Alfa Pendular, pois não bastando aquilo ser um comboio frequentado basicamente por malta com passe, nomeadamente Juízes e a alguns quadros da CP (outros apanham o avião para o Porto!), ainda por cima dizem que lá vão lá meter cabeleireiro e massagista....
Desculpem lá, mas isso é típico das casas de putas.

Será que a partir de Março vamos ter a casa de Putas (vulgo, "Casa de Passe") mais rápida do mundo, com direito a pendulação activa e tudo?

Será que este é mais um esquema da CP para reduzir os seus prejuízos?

Putedo não paga impostos nem está previsto o crime de lenocínio institucional no código penal (art. 170 do Código Penal Tuga)

Aguardemos então para ver os próximos capítulos...