quarta-feira, agosto 27, 2008

Preliminares...

Aí está a muito esperada chave do TotoTua:

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1340655&idCanal=59

CP - 0
REFER - 0
IMTT - 0
Metro de Mirandela - 0
Lobby pró Barragem - 4

como é que é possivel... enfim, mais logo dissertarei acerca da incompetência que grassa por aí em termos de investigações ferroviárias, que na prática são um hobby de tipos fechados em gabinetes o resto do ano!

domingo, agosto 24, 2008

Parafusos...

Relativamente a esta noticia:

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1340278&idCanal=62

Os facto de alguns parafusos sairem nada significa... Pese não poder afirmar conclusivamente que isso nada tem a haver com o acidente, pois não estive lá e o que afirmo é baseado numas quantas fotos, isso é comum em linhas com travessas de madeira derivado à própria natureza da madeira, havendo um bom nivel de tolerância. Numa linha como a do Tua(comboios leves e baixas velocidades), podem não acreditar mas bastam 4 parafusos para manter o carril direito e no sitio.Aquilo devem ser carris de 12 metros, logo cada carril tem para aí umas 15 travessas. Cada travessa recebe 3 parafusos para prender o carril, logo cerca de 45 parafusos prendem o carril as travessas

A consequência falta de parafusos é a "abertura" da linha (a automotora "cai" para o chão entre os carris) e isso é algo de muito visivel ao nivel dos danos. Não me parece ter sido o caso. A linha aparenta estar danificada pelo impacto dos rodados e não por "abertura" quer seja por carris mal apertados ou por travessas podres (se numero suficiente de travessas consecutivas estiver podre a linha pode simplesmente abrir porque as travessas se partem ao meio...mas nesse caso o centro das travessas é puxado para cima e não para baixos como vejo nas fotos, o que indicia que se partiram por impacto dos rodados).

Mas como vos digo, isto é apenas a minha ignorante opinião...

Linha do Tua ou o grandioso circo das automotoras voadoras!

Já fazia algum tempo que eu não vinha para aqui mandar postas de pescada mas infelizmente, pelo piores motivos, voltou a acontecer... Mais uma automotora que deu uma pirueta na linha do Tua e foi ribanceira abaixo! Infelizmente, neste número de circo que é a exploração desta linha, onde as automotoras passam a vida a fazer piruetas pelas razões mais inexplicáveis.
Quer dizer, inexplicáveis para quem não pôde ler os relatórios dos acidentes /incidentes que por aí andam perdidos pelos gabinetes do IMTT / Ministério Publico / REFER / Secretaria de Estado dos Transportes sob o escudo do Segredo de Justiça!
Ora como a maior parte dos Portugueses não trabalha para tais entidades, eu incluído, podemos assumir com toda a segurança que cerca de 99.9% da população está na mais perfeita ignorância no que toca às causas destes eventos, daí que eu (e talvez alguns Portugueses) estejamos a pensar na “teoria da conspiração”. Essa teoria da conspiração é perfeitamente plausível tanto mais que dificilmente um comboio descarrila a menos de 40 km/h por razoes que não sejam perfeitamente identificáveis, 90% das quais se deve a um qualquer defeito na via, defeito esse que terá de ser perfeitamente identificável a olho nú!
Um mito que deve ser desmistificado é o de que um comboio a baixa velocidade em vias em mau estado descarrila por da cá aquela palha! Se a via não der de si isso É MENTIRA!
Não se conseguir identificar a causa de um descarrilamento a baixa velocidade é algo de BASTANTE IMPROVÁVEL, porque tudo o que interveio no descarrilamento fica na zona do descarrilamento e, não havendo contaminação/subtracção de provas, qualquer investigador minimamente ciente e competente no seu trabalho saberá recolher essas provas e mesmo que algumas delas tenham sido subtraídas ou desaparecido, assumir que elas lá estavam (há um caso em que isto não acontece mas que por exclusão de partes se pode assumir como o causador! Já falo disso…).
Por estes factos e por outros estou completamente convencido que pelo menos dois dos descarrilamentos foram provocados… No caso do segundo descarrilamento (creio! São tantos que já perdi a conta!), uma automotora só ficaria naquela posição com uma forte “alavancagem”, sendo que a via está APARENTEMENTE intacta… ora, num dos fóruns ferroviários da praça há um participante que levanta suspeitas baseadas exactamente neste pressuposto.

Podem verificar isso em:

http://www.comboios.org/forum/viewtopic.php?t=13192&postdays=0&postorder=asc&start=15

e ainda em:

http://www.comboios.org/forum/viewtopic.php?t=13192&postdays=0&postorder=asc&start=30

(aqui está o detalhe que chamou a atenção)

Ora, neste caso, vendo as fotografias, em:

http://jn.sapo.pt/multimedia/galeria.aspx?content_id=983607

é aparente que a via não está em tão mau estado quanto muitos por aí apregoam (vão ver o estado em que está a linha de Évora para Estremoz, onde passa um comboio carregado de cimento todas as semana puxado por uma maquina de cerca de 100 ton… bem pior! Claro que volta e meia vai para o chão! Ah, a velocidade máxima é 40 km/h…). Aliás, pela fotografias nota-se que a via está em estado razoável… Podem não acreditar mas aquela via, em via larga daria para um comboio andar a uns 80 km/h em perfeita segurança (isto cá em Portugal, porque diz-se por aí que em Espanha daria para 100 ou 120 km/h) ! Como neste caso é via estreita, a base de estabilidade é menor daí que a velocidade seja cerca de metade!
Nestas condições, MUITO DIFICILMENTE, (com a via naquele estado) um comboio descarrilaria sem auxílio externo! Se não existir defeito na via, que quase de certeza seria detectado visualmente pelo maquinista se fosse assim tão sério, só algo colocado na via e oculto ao olhar do maquinista provocaria o descarrilamento… Tendo em conta que era cerca de meio dia quase um obstáculo seria certamente visível para o maquinista… ou talvez não!
Um maquinista, quando olha para a via, dada a extensão de via que tem para analisar e o pouco tempo que tem, não vê propriamente tudo o que possa interferir com a marcha do comboio… não quero entrar em detalhes. Para quem sabe vou apenas citar um caso: Descarrilamento de uma automotora na linha da Póvoa, há uns valentes anos, que provocou a morte do maquinista derivado do embate da frente da automotora contra o túnel! Claro que nessa altura se descobriu a causa, porque o que provocou o descarrilamento não tinha por onde desaparecer (Trincheira, entrada de túnel)… agora no Tua, no 2º e 4º descarrilamento a linha era o ponto mais alto (no caso do 2º descarrilamento tinha o penhasco a curta distancia mas havia uma cova(onde foi parar a automotora) entre o penhasco e a linha… Neste caso, o que poderá ter provocado o descarrilamento terá voado para bem longe com o impacto da automotora… Ao longo da historia há vários casos de descarrilamentos similares, alguns até provocados inocentemente mas com consequências gravíssimas!
O que é? Quem for ligado ao meio ferroviário saberá certamente ao que me refiro… Quem não for, também não tem necessidade de o saber… é que por aí há muita gente má!
A ver vamos o que sai dos inquéritos, se é que sai alguma coisa de jeito ou se nos continuam a ocultar a verdade!
Quanto às condiçoes de exploração e segurança da linha, isso é assunto para outro dia!
Podem ler mais coisas acerca disto no publico.pt, nomeadamente em:



Boa noite, vou dar uns tiros para relaxar!

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