domingo, maio 29, 2005

No Interesse (de alguém) de Coimbra

Ainda em relação ao aparente excesso de zelo do Sr. CE em defender o MM, sai um artigo de opinão do próprio, do único, do iniguálavel Mayor de Coimbra...Mais não digo....

Aliás digo e comento a seguinte afirmação final:

"Toda a gente já percebeu o que se passa."

Pois já percebemos sim senhor...oh! oh! e de que maneira...há quem se enterre de mão nuas, outros com pá...e claro, há os top guns que usam a retroescavadora da Camara poara se enterrarem à força toda....


In "As Beiras" de 23/05/05


No interesse de Coimbra



Nas relações institucionais que tenho mantido com todos os governos a regra à qual tenho feito apelo é a que resulta de um princípio simples e sensato. Peço sempre que me digam o que podem e o que não podem fazer mas que não me enganem.
Essa ideia de prometer e não cumprir, essa actividade insana de chegar a um qualquer município e anunciar para o dia seguinte o impossível creio já ter passado de moda.
Sei que nenhuma saudade deixou aos cidadãos.
Era a ponte para lugar nenhum, o hospital para ninguém, a estrada sem fim, a esquadra sem dotação orçamental, a obra sem terreno. Não vale a pena ser mais explícito e dar exemplos mais individualizados.
Vivemos durante muito tempo neste tormento.
Hoje não é assim. Melhor, nos últimos anos não tem sido assim.
Sabem todos os cidadãos de Coimbra o que está realizado e o que está em curso.
Nem tudo, se calhar. Há coisas que nos escapam.
Há, porém, declarações infelizes, instilação de dúvidas, imputação de falsas intenções, que nos preenchem os dias e se repetem nos órgãos de comunicação social.
Cada um actua como quer e não perderei tempo com isso.
A minha atitude é de saudável intuito construtivo. Não quero que a minha terra fique para trás, não tolero que fique prejudicada, não gosto que tentem enrolar a mentira empapel de prata.
Recordo–me que alguém contestou meses atrás a verdade do início da construção do Hospital Pediátrico. Quando vierem do Penedo da Meditação para a rotunda da Fucoli terão a oportunidade de observar, do lado direito, a enorme movimentação de terras que está a ocorrer. A obra segue em bom ritmo.
Mas também me vem à memória a afirmação de que nunca mais conseguiria o lançamento de obras essenciais há muito prometidas.
Se se deslocarem à Ponte da Portela e olharem para a direita, ou se se dirigirem ao Pólo II e olharem em frente, verão a obra de ligação entre as Pontes Rainha Santa e da Portela.
Já se notam os postes de iluminação na estrada Bencanta/Arzila.
Dentro de pouco tempo será perceptível a obra de ligação entre a Ponte Rainha Santa Isabel e a Cruz dos Morouços.
É um facto que o concurso público para o IC2 Sul está lançado.
Tenho a experiência necessária para perceber que nem tudo pode ser feito ao mesmo tempo, que devem ser definidas prioridades. Uma coisa é isto, outra é tentar construir uma floresta de enganos.
Soube pelos órgãos de informação que o Senhor Ministro das Obras Públicas tem intenção de anular o concurso do metro Mondego.
Entendo este comportamento um erro aberrante.
Nunca, como agora, temos um concurso tão seriamente estruturado. Nunca, como agora, houve tanto trabalho sério feito.
Se o problema é o da ligação a Serpins, ou se o problema é o receio das alternativas tecnológicas a apresentar pelos concorrentes, há alterações juridicamente admissíveis que podem tornear essa dificuldade.
Agora, se o problema é impor, por razões políticas ou financeiras não confessadas, uma decisão a Coimbra, não contem comigo.
Coimbra é um elemento essencial a esta solução. Dela depende a sua viabilidade económica futura pelo equilíbrio entre percursos com grande potencial de procura, que no seu seio gera, e percursos de procura reduzida que se situam em áreas suburbanas ou com origem noutros concelhos.
Se quiserem inventar questões sobre o atravessamento de Coimbra, depois de tantas discussões e estudos técnicos elaborados, também devo confessar que preenchem folhas de jornais mas não impressionam.
Digam a verdade, se quiserem. Digam que não há dinheiro. Expliquem que a electrificação da linha da Lousã é um mito e um verbo de encher. Não alimentem expectativas. E se querem soluções radicais declarem o fim do projecto do metro Mondego que tanto me acusaram de não querer.
Eu não cedo na defesa dos interesses de Coimbra.
E não se preocupem em fazer mais ruído. Toda a gente já percebeu o que se passa.

terça-feira, maio 24, 2005

O ameaço de ressurreição

O MM ainda mexe...pelo menos assim o diz o Presidente da assembleia geral do MM também conhecido como presidente da camara distrit...perdão, municipal de Coimbra, mais conhecido como Carlos Encarnação, numa nada suspeita entrevista dada ao Publico...

Cá para mim, houve qualquer coisa que não lhe caiu bem no estomago, nos pulmões ou nos neurónios, antes de dar a dita entrevista. Senao vejamos algumas das suas afirmações:
"Presidente da Assembleia Geral da Metro Mondego diz que anulação será um erro aberrante"
Aberrante era converter a linha da Lousã em metro ligeiro.São ainda aberrantes certas afirmações de uma pessoa que eu ca sei....
"O presidente da Câmara Municipal de Coimbra e da Assembleia Geral da Sociedade Metro Mondego defendeu ontem que o Governo deve alterar o concurso público internacional para a instalação do metro antes de, no fim do mês, o concurso se extinguir automaticamente."
Técnicamente falando, alguém corre o risco de ficar com as calças na mão...
[o governo]"Desde que esteja disposto a fazer a respectiva correcção financeira, há alterações juridicamente admissíveis que permitem tornear as dificuldades levantadas pelas Câmaras da Lousa e de Miranda do Corvo", sublinhou o autarca, que classificou a anulação do concurso como um "erro aberrante".
Meu caro, "correcção financeira"!?!?!? Creio que essa palavra actualmente não faz parte do léxico do Governo Português! É melhor começar a pôr a mobilia da camara no prego, se quer ter "correcção financeira"
(eh pá, vou fazer uma pausa que esta deixou me exausto de tanto rir)
No encontro com os jornalistas que antecedeu a reunião do executivo municipal, Carlos Encarnação deixou claro que tudo quanto sabe "sobre uma eventual intenção de anulação do concurso por parte do ministro" é o que leu "nos jornais". "Nada me foi oficialmente comunicado, nem na qualidade de presidente da câmara nem na de presidente da Assembleia Geral da Metro Mondego. O que sei é por '31 de boca'", insistiu, afirmando que aguarda que aquele contacto aconteça para "tomar a posição adequada".
Eh pá...mas sabe e admite que o sabe, logo considera-se notificado. Eles depois enviam lhe para casa o papelinho para o subsidio de desemprego. Quanto à posição adequada isso é lá com ele...nem me interessa mesmo NADA...no entanto os bons costumes obrigam me a informar que tomar a posição adequada sem protecção pode ser perigoso...ha que ter cuidado!
Escusando-se a revelar quais as medidas que irá tomar, o autarca preferiu insistir no facto de o concurso ter sido apenas suspenso, devido ao facto de as Câmaras da Lousa e de Miranda do Corvo se recusarem a assinar protocolos essenciais ao desenvolvimento do concurso público.
Coisa pouca...eles até pouco ou nada têm a haver com o assunto...
Nesse sentido, defendeu que esta semana - após a qual o concurso público se extinguira automaticamente - "deve ser utilizada para o salvaguardar", satisfazendo as reivindicações daquelas duas autarquias que reclamam, respectivamente, a extensão do percurso do metro até Serpins e a eliminação da possibilidade de se vir a optar por outra solução tecnológica (que não o metro) a partir de Ceira.
(e já agora mais um tunel na baixa de coimbra...por uma bagatela de 20 milhões de euros + atrasos + etc e tal, ou seja 50 milhoes)
"Tudo é preferível a anular o concurso", afirmou, considerando que, num "momento em que 12 concorrentes já levantaram o caderno de encargos, está em causa, inclusivamente, a seriedade do Estado".
O Estado Português...sério? desde quando? Que eu saiba eu não estive em coma para perder essa fase...Na CP ja vai em 3 concursos anulados para a compra de 15 locomotivas eléctricas...o MM ainda tem muita farinha amparo para comer antes de lhes chegar aos calcanhares..
enfim....
lá mais para o fim estava também isto escrito:
Luís Vilar acrescentou que o seu partido[PS] irá exigir, também, esclarecimentos sobre o dinheiro do III Quadro Comunitário de Apoio que estava reservado para o projecto e do qual só resta, alegadamente, "uma dezena de milhar de contos".
Ora muito bem...temos aqui uma rica caldeirada...contudo há uma coisa...todo este assunto tem dado um grande celeuma desde ha longa data...senão vejam:
Todo o processo se tem caracterizado pelo factor " carroça à frente dos bois" e agora que a carroça está prestes a ir pelo precipicio abaixo, há quem esteja desesperadamente a tentar evitar que a mesma caia por ali abaixo! ´
Eu raramente vi politico algum a defender um projecto desta natureza com tantas unhas e dentes. Quando vi, era aquele tipo raro de politico genuinamente dedicado às populações em que as suas acções deixam isso transparecer até para um leitor de jornal. Não me parece ser o caso...assim só pergunto...porque defende o Sr Carlos Encarnação o projecto do metro Mondego tão vivamente, mesmo em detrimento de outras soluçoes? Naturalmente será por pura e genuina dedicação...Bem haja!!!
Encarnação insiste na viabilidade do concurso público do metroPUBLICO24.5.2005GRAÇA BARBOSA RIBEIROPresidente da Assembleia Geral da Metro Mondego diz que anulação será "um erro aberrante"O presidente da Câmara Municipal de Coimbra e da Assembleia Geral da Sociedade Metro Mondego defendeu ontem que o Governo deve alterar o concurso público internacional para a instalação do metro antes de, no fim do mês, o concurso se extinguir automaticamente. "Desde que esteja disposto a fazer a respectiva correcção financeira, há alterações juridicamente admissíveis que permitem tornear as dificuldades levantadas pelas Câmaras da Lousa e de Miranda do Corvo", sublinhou o autarca, que classificou a anulação do concurso como um "erro aberrante".No encontro com os jornalistas que antecedeu a reunião do executivo municipal, Carlos Encarnação deixou claro que tudo quanto sabe "sobre uma eventual intenção de anulação do concurso por parte do ministro" é o que leu "nos j ornais". "Nada me foi oficialmente comunicado, nem na qualidade de presidente da câmara nem na de presidente da Assembleia Geral da Metro Mondego. O que sei é por '31 de boca'", insistiu, afirmando que aguarda que aquele contacto aconteça para "tomar a posição adequada".Escusando-se a revelar quais as medidas que irá tomar, o autarca preferiu insistir no facto de o concurso ter sido apenas suspenso, devido ao facto de as Câmaras da Lousa e de Miranda do Corvo se recusarem a assinar protocolos essenciais ao desenvolvimento do concurso público. Nesse sentido, defendeu que esta semana - após a qual o concurso público se extinguira automaticamente - "deve ser utilizada para o salvaguardar", satisfazendo as reivindicações daquelas duas autarquias que reclamam, respectivamente, a extensão do percurso do metro até Serpins e a eliminação da possibilidade de se vir a optar por outra solução tecnológica (que não o metro) a partir de Ceira."Tudo é preferível a anular o concurso", afirmou, considerando que, num "momento em que 12 concorrentes já levantaram o caderno de encargos, está em causa, inclusivamente, a seriedade do Estado". Gouveia Monteiro também contestaAinda em declarações aos jornalistas, o autarca foi taxativo na recusa da exigência feita pela Comissão de Utentes do Ramal da Lousa, que defende a ligação permanente do ramal à Linha do Norte. "A câmara opor-se-á a que a cidade seja atravessada por comboios", garantiu o autarca.Mais tarde, na reunião camarária, a intenção anunciada pelo ministro de anular o concurso público para a instalação do Metro Mondego foi também alvo das críticas do vereador da CDU, Gouveia Monteiro, que disse sentir "uma profunda revolta" perante o facto de "estar a ser posto em causa um investimento importantíssimo para a cidade". "Não faltará quem prefira mais uma ponte sobre o Tejo ou sobre o Douro, em detrimento do metro em Coimbra", protestou o autarca, considerando que "não se pode deixar levar as coisas ao ponto a que estão a ser levadas".Já os vereadores socialistas tomaram a anulação do concurso como um facto consumado e afirmaram que exigirão ao Governo "a rápida abertura de um concurso público que sirva todas as populações". Luís Vilar acrescentou que o seu partido irá exigir, também, esclarecimentos sobre o dinheiro do III Quadro Comunitário de Apoio que estava reservado para o projecto e do qual só resta, alegadamente, "uma dezena de milhar de contos".

domingo, maio 22, 2005

RIP MM... Viva a Linha da Lousã

Num acto altamente invulgar e extraordinário, um dos mais notáveis disparates ferroviários-light do ano foi, usando um expressão altamente técnica, c'os porcos.
É verdade, o concurso do Metro Mondego foi anulado e tudo aponta para que a Linha da Lousã tenha a sua existência assegurada como caminho de ferro convencional modernizado. Cai assim por terra a teoria politica de que "o presidente da camara da capital de distrito manda no distrito todo"...cai e bem, pois uma pessoa responsável politicamente, que apoia a amputação activa duma ligação ferroviária de reconhecida utilidade económica e social, não é certamente lá muito competente em matérias ferroviárias! Neste caso especifico, creio estarmos perante um caso de egoismo politico e social.

A Linha da Lousã merce muito mais do que o tratamento que actualmente lhe é dado...

Merece ser electrificada
Merece ter a sinalização melhorada
Merece ter material especifico para a sua realidade
Merece ser realmente encarada como uma ligação suburbana em meio rural (parece uma contradição mas não o é...lá porque é campo não quer dizer que não seja subúrbio!)
Merece ter uma ligação prática à rede geral ferroviária
Merece inclusivé o aproveitamento da plataforma já construida e ser expandida até Gois e Arganil
e Merece muitas mais coisas que os seus habituais utentes e trabalhadores melhor que eu saberão explicar quais

O prolongamento da linha até Arganil é, como já hoje por ai vi escrito num grupo, eminentemente social. O interior do distrito de Coimbra está cada vez mais desertificado e nada é feito para combater isso, nem ali nem em mais nenhuma lado deste pais maravilhoso governado por pessoas egoistas, que de incompetentes nada têm, no que toca a defender os seus interesses pessoais e corporativos.
A plataforma parece que ja está feita. isto significa que com muito poucas obras (quando comparado à construção duma linha a partir do nada) se pode levar o comboio ainda mais para o interior até Arganil. Há ali também muito pontencial para transporte de mercadorias, nomeadamente madeira que não pode ser aproveitado por falta duma ligação viável à rede geral.

A ligação à rede geral, encarada como problematica por muitos, afinal parece não o ser assim tanto, pois como mais uma vez reparam alguns frequentadores de foruns, a margem sul do mondego tem lá bastante espaço á beira rio para passar uma linha. Uma das soluções, preconiza a passagem do rio um pouco antes de santa clara, indo a linha entroncar à linha do Norte. Isto permitiria que os comboios atravessassem Coimbra a qualquer hora do dia e ainda por cima deixar os passageiros bem próximos do centro da cidade e para cumulo, como também se pode ver nos foruns ferroviarios(que são um manancial de ideias para analise por parte dos responsáveis), facultaria a possibilidade de se fazerem comboios directos Lousã - Figueira da Foz.

Muito se poderia continuar a dizer acerca deste assunto. Contudo os principais tópicos estão aqui explandados para a vossa analise e reflecção

PROPS para a malta toda

TASSS

terça-feira, maio 17, 2005

Credibilidade à moda do Tâmega


Ora, n’O Comércio do Porto, do dia 11 de Maio, vinha a noticia abaixo transcrita, relativa ao facto de a CM de Celorico de Basto se ter manifestado relativamente aos comunicados emitidos pela mesma.

Se por um lado espero bem que a CDLT possa provar tudo o que afirma, sob pena de ferir de morte a sua credibilidade, por outro posso suportar a parte da censura do fórum da CM C. Basto. É a absoluta verdade que ali se assistiu a um acto de censura típico de um regime anti democrático. Perante este acto, apenas posso assumir que a câmara municipal é culpada de tudo o que é acusada e que tudo está a fazer para o encobrir. Se a câmara fosse uma entidade de bem, como alega para aí aos 4 ventos, teria tentado juntos dos autores de tais acusações indagar o porquê das mesmas e pedido cópias das provas, por forma a actuar junto dos responsáveis de tal acção, pois alegadamente estiveram envolvidos meios autárquicos. Caso não existissem provas concretas, pois bem, que se actuasse judicialmente contra os responsáveis de tais acusações por difamação! Ora a municipalidade, optou pelo caminho mais difícil, creio eu, que é o de tentar ir a tribunal provar que foi difamada…contudo, se a CDLT tiver as provas, não há lugar a difamação e ela mesmo pode contra contra atacar (sim…está bem escrito), por ela própria ter sido difamada pela municipalidade. Por sua vez, o Juiz ao ver as provas, que certamente a CDLT a tem, pode pedir ao ministério público que as investigue e aí a coisa pode ficar chata….

Um aviso que faço à CDLT é o de que não podem embarcar no campo da acusação fácil (não estou a dizer que alguma vez o tivessem feito, mas a vezes a tentação é grande). Tudo o que transmitirem em comunicados, terá imperativamente de ser consubstanciado por provas minimamente credíveis. Só assim se conquista um capital de credibilidade, essencial para estas causas, junto dos meios de comunicação social que, já por natureza deste rectângulo à beira mar plantado, são, por vezes, sensíveis a interferências externas.
Neste momento, há uma coisa que está mais do que provada é que houve censura no fórum da CMCB.
As provas?

Vejam com os vossos próprios olhos…

Em face disto, como já disse mais acima, neste momento dou toda a credibilidade do mundo à CDLT e nenhuma à CMCB…

Espero ansiosamente pelos próximos capítulos e acima de tudo que se prove que a CDLT tem razão, pois caso contrário, esta é uma causa e uma comissão pelas quais eu não escreverei mais uma palavra de apoio!

Abaixo, segue transcrito o artigo d’O Comércio do Porto:

Comissão de Defesa da Linha do Tâmega acusa Câmara de censura

Em causa, a participação dos cidadãos no fórum do site da autarquia.
Presidente da Câmara vai processá-los
ARMINDO MENDES
A Comissão de Defesa da Linha do Tâmega (CDLT) acusa, em comunicado, o presidente da Câmara de Celorico de Basto, Albertino Mota e Silva, de estar a censurar o fórum do site da autarquia ao impedir, alegadamente, a publicação de opiniões de pessoas que continuam a reclamar a reactivação daquela via-férrea. Numa primeira reacção, a autarquia reputa como "absolutamente falsa" aquela acusação e anuncia que vai apresentar uma queixa ao Ministério Público contra os autores do comunicado.·Note-se que a CDLT, no mesmo documento, também acusa a edilidade celoricense de ter mandado camiões descarregar terra em cima da linha, junto à antiga estação de Codeçoso, o que gerou uma onda de protestos, alguns dos quais mandados para o site da edilidade.·"O presidente não se fez rogado em usar a censura e métodos fascizantes para silenciar as vozes e opiniões que se levantaram em defesa da linha do Tâmega e contra o vandalismo autárquico praticado por esse autarca", lê-se no documento, no qual também se garante que as referidas opiniões apenas permaneceram no site durante 24 horas. "No dia 18 de Abril o fórum da autarquia ficava sob censura. Foram limpas as mensagens e aparecia a informação que o seu conteúdo passava a estar sujeito a análise e controlo. Era a primeira medida salazarista do autarca", sustenta a CDLT, adiantando que, a seguir, "o autarca usou o telefone para tentar silenciar cidadãos que entretanto se tinham solidarizado, colocando nos seus sites o comunicado da CDLT".·A terminar, aquela associação volta a denunciar "o comportamento anti-democrático e fascizante dos autarcas da região de Basto, que ao longo destes anos de luta das populações não têm olhado a meios nem a métodos, para silenciarem o povo e destruírem a linha".·Câmara quer punir autores do comunicado·Também em comunicado enviado ao COMÉRCIO, a Câmara sustenta que as acusações da CDLT "são altamente atentatórias da credibilidade, prestígio e confiança da autarquia". Neste contexto, a Câmara vai pedir a intervenção do Ministério Público "para que os autores daquela nota caluniosa sejam responsabilizados". O troço da linha do Tâmega, entre Amarante e Arco de Baúlhe, foi desactivado em 1990. Desde então, só circulam automotoras no pequeno troço entre a Linha do Douro (Livração) e a estação de Amarante.

sábado, maio 14, 2005

Pequenos GRANDES detalhes

Continuando na minha senda revivalista do passado, venho aqui mais uma vez lamentar me de uma vertente do negócio ferroviário que foi abandonada porque, alegadamente, não era lucrativa. Um estimado amigo meu ao saber que eu ia falar desse assunto, perguntou-me se “na Europa, ainda havia alguma empresa ferroviária que transportasse mercadorias em regime de detalhe” (sim, é esse o assunto!), em jeito de, “lá vais tu falar do passado!”. Pois bem, a ele e a todos os outros que acham que lá porque o resto da Europa não o faz não o devemos fazer aqui, informo, que me estou positivamente cagando para o que o resto da Europa faz! Não temos de os copiar, apenas devemos recolher de lá exemplos e experiências totalmente contextualizadas (tipo TGV por exemplo) para evitarmos, ou mais comummente, corrigirmos os nossos erros.

Para quem não sabe, o regime de mercadorias em detalhe era um negócio que permitia podermos chegar a qualquer estação da rede ferroviária portuguesa (guarnecida) e de lá podermos enviar uma encomenda de qualquer tamanho e/ou para qualquer outra estação da rede nacional, também guarnecida de pessoal. Mas antes da machadada final, já tinha a havido outra, que era o fim da tarifa especial. Não sei ao certo o que era, mas os chefes de estação contam me que era muito vantajoso para as empresas e que aquilo era encomendas às carradas. De um dia para o outro acabaram com essa tarifa e muito do tráfego desapareceu.

Ligado a isto está também o facto de os comboios hoje em dia não levarem furgão e os passageiros serem obrigados a acartar com as suas bagagens para as carruagens. O furgão, levava um funcionário, que para além de tomar conta das encomendas, tinha à sua guarda também as bagagens maiores dos passageiros, que assim não necessitavam de andar com elas atrás para as carruagens, creio que mediante o pagamento de um pequeno suplemento.

O certo é que hoje estamos a assistir a progressiva desertificação dos caminhos de ferro! Estações e comboios estão cada vez mais desertos. O caminho de ferro cada vez mais se parece com a camionagem, sendo que um dia destes até o maquinista vende bilhetes…perdão…já vende, ali para os lados de Mirandela! O grande trunfo do caminho de ferro, que era o seu excelente apoio ao cliente, com um funcionário sempre presente pelo menos nas estações de alguma importância e o de poder viajar grande distâncias com um mínimo de incomodo desapareceu…depois admiram-se que o povo ande a desertificar as carruagens.

O negócio do detalhe, foi entregue a uma subsidiária criada pela CP, chamada TEX. O mais engraçado, é que alguns anos depois, já nem a própria TEX transporta mercadorias de comboio! Mais giro, é que a rede de expressos, continua a fazer transporte de mercadorias nos seus autocarros…e isto é uma coisa que vem dos tempos da saudosa Rodoviária Nacional (que repouse em Paz, pois muita falta faz à Nação…dava prejuízo mas servia as populações…a CP nem uma coisa nem outra!) …e olhem que as tarifas até nem são muito caras!

Bom, por hoje já chega…até um dia destes que me de na veneta para escrever de novo…dessa vez será acerca do pandemónio que se vive ali na “província” situada no eixo Póvoa – Famalicão – Guimarães. (não se ofenda Sr. Rui Silva…olhe que província está entre “” ;-) )

Boa noite

quinta-feira, maio 05, 2005

Linha do (Far)Oeste

A linha do Oeste, é uma dessas linhas que espelham bem a incompência e dolo que grassam nos (ir)responsaveis ferroviários deste país.
Escudando-se na ausência de estudos, perante o óbvio e ainda fazendo uso da tao "useira e vezeira" politica do Ping - Pong, digna de putos da primária (ah, a REFER não fez...ah, a CP não quer...) a linha lá vai definhando com horários de merda e com material que apesar de renovado está entregue às mãos dos Graffers!
Já agora, aproveito para enviar BIG PROPS para as crews ali do Oeste, que tanto se esforçam por pintar as automotoras. Com palhaços como os gajos da CP aquilo até nem dá pica pinta-las. Façam é um favor à malta.....NÃO PINTEM A MERDA DAS JANELAS...ao menos, tenham respeito pelos velhotes e deixem-nos ver em que sitio estão...de resto tão à vontade, que o aço inox até fica mais giro!

No Grande Porto, os comboios suburbanos estendem-se até cerca de 60/70 km da cidade. É uma coisa deveras curiosa, já que por essa lógica Torres Vedras e Santarém também seriam consideradas zonas suburbanas de Lisboa!
Mais curioso ainda é que no grande Porto aquilo pouco tempo depois de sair da cidade, esta-se logo em ambiente rural, com caracteristicas quase idênticas às da linha do Oeste. Isto é, um numero significativo de habitantes ao longo da linha!
Comparando o Oeste ao Douro, acaba-se por chegar à conclusão que as estações do Oeste até estão muito mais bem localizadas do que muitas do Douro. No entanto o Douro é muito melhor servidos que o Oeste e os investimentos estão a ser feitos...não que eles tenham muita vontade. Assim sendo, qual a razão disto acontecer?

Simples:

Nada consegue combater a Linha do Douro, graças à orografia da região! No Oeste é tudo a direito, logo a camionagem pode prosperar, enquanto no Douro, aquilo nem com horários péssimos lá vai...é sempre melhor que a camionagem! Apesar da CP continuar com timidas tentativas de cortar os serviços à Regua, os mesmo não têm sucessos...Azar, temos pena!

Para quando um tratamento condigno da linha do Oeste? Para quando a sua modernização global de sinalização e material circulante? Para quando um serviço condigno de comboios que sirva as inumeras populações ao longo da linha? Pelos vistos para nunca, dado que os génios do planeamento deste país andam entretido com o TGV em vez de se preocuparem em dar acessibilidades e mobilidade á população.

Quando há senhores (BIG LOLADA....) como, SALVO ERRO, um senhor da CP, com nome de terra ali junto á estação de Palmela e apelido de guarda chaves do Céu, que, inquirido acerca do porque dos comboios não irem do Oeste para Coimbra, disse num documentario da RTP2 acerca da linha do oeste que a clientela diária do Oeste para Coimbra era residual (creio que 600 pessoas), apenas podemos concluir que o Povo do Oeste apenas quer é Praia e Casino, que é o que há na Figueira da Foz! Ninguém quer ir a Coimbra ao Hospital, à Faculdade, apanhar o comboio para qualquer outra parte do País! Estes tipos são incompetentes e não têm pejo em o provar publicamente!

Em relação a esta falha grave nos meios de mobilidade da população, já lá diziam uns tipos, que como eu nao devem perceber nada disto, o seguinte:

(isto é apenas um apanhado de várias referências dispares relativamente ao que para ai se fala)

(cliquem nos citados para ver o artigo completo)

GEOTA em 2000:

  • A degradação crescente da "linha do Oeste" é também um factor preocupante, por poder contribuir no futuro para a sua desactivação e aumento da perificidade das populações que ela serve, com o consequente aumento da necessidade de utilização do modo rodoviário e respectivas infraestruturas.
  • Na "linha do Oeste" os combóios mais rápidos, os inter-regionais, demoram duas horas entre Caldas da Rainha e Lisboa, sendo obrigatória a mudança no Cacém e não havendo ligação credível à linha do Norte, quando o mesmo percurso em autocarro demora menos de uma hora.

Programa do XVI Governo Constitucional (mais conhecido como o governo da Rapidinha)

Item 8.4

(...)
-
modernização da Linha do Oeste, por forma a dotá‑la de parâmetros técnicos e de qualidade consentâneos com os existentes nos troços da rede ferroviária já intervencionada;

(...)

Refira-se que o programa do actual governo nada fala acerca disto!









A Associação Industrial da Regiao Oeste, também salienta a necessidade de modernização da linha do Oeste num relatorio seu!

Os moldes em que se deveria proceder á modernização da linha do Oeste(devidamente justificados), na minha opinão, são os seguintes:

- Electrificação a todo o comprimento da mesma

Justifica-se a todo o comprimento da mesma por a mesma constituir uma alternativa à linha do Norte e se poder uniformizar o material ali usado. Até Torres Vedras, é imperativa dado que ali haverá lugar para um serviço suburbano de intensidade média, tipo Lisboa - Azambuja. De Leiria ao Louriçal, o troço que ali falta electrificar, é também imperativo para um serviço frequente Leiria - Figueira da Foz / Coimbra. Para se providenciar um serviço directo e rápido, de Lisboa ou outras partes do País para todo o Oeste, a electrificação é imperativa a todo o comprimento da linha.

- Duplicação do Troço Meleças - Torres Vedras

Um pouco do trabalho já tá feito...3 km desde o Cacem...so faltam 45 km! Contudo, seria ainda melhor se construissem uma variante desde a Malveira até Sacavém, passando por Loures, que assim ficaria com transporte ferroviário pesado! Matavam uma data de coelhos duma só cajadada e o trafego adicional que viria da linha do Oeste, escusava de ir perder tempo pela linha de Sintra. Isto assim, desaguava logo em Lisboa Oriente e escusava de ir dar uma grande volta e tentar furar pela monumental confusao que esta a linha de cintura e de sintra por estes dias

- Modernização da sinalização

A Instalação de um Controlo de Trafego Centralizado, ajudaria em muito a flexibilizar e a melhor a circulação e capacidade da linha! É mesmo fundamental. Contudo, isto não deve ser usado como desculpa esfarrapada para votar as estações ao abandono, como hoje acontece! É fundamental que ao se proceder a modernização não se abandone as estações.
Nas estações com menos movimento(mas com algum movimento claro!) é imperativo, ao menos ter um agente durante as horas de expediente de 2ª a 6ª para dar informações e eventualmente dar apoio a um serviço de mercadorias em detalhe(este é outro assunto, sobre o qual hei de falar), que deveria ser reposto em toda a rede ferroviária nacional!

- Modernização do material circulante

Conjuntamente com a electrificação, a introdução de material circulante electrico novo, concebido para serviço regional / suburbano de longo curso e com algum espaço para encomendas e mercadoria!


Esta é,resumidamente, a minha opinão sobre a linha do Oeste e o que deve ser feito com ela. Como de costume, pensem o que quiserem e mandem bocas á vontade

Abraço...bed here i go!

terça-feira, maio 03, 2005

Traçado final do TGV 3.0

...E a nação rejubila...temos fumo branco do ministério dos Transportes...depois de um conclave com os cardeais da camionagem foi eleito mais um traçado do TGV, que como de costume deve por ai ficar durante um mes ou dois.
Bom, mais um assunto para eu falar quando tiver tempo...que ultimamente tem andado escasso (Pois, eu sei...ja sentem falta dos testamentos...)
Abraço, que tenho de ir

domingo, maio 01, 2005

1º de Maio

Aqui há uns anitos, nesse bastião da democracia (pronto, já disse a piada do dia), uns trabalhadores que tentavam lutar pelos seus direitos foram parar à forca...125 anos decorridos, o Xico Van Zeller, não se importava de por cá mandar uns quantos para a "forca"! Essa personagem que frontalmente disse que o código de trabalho não chegava...era preciso tirar mais direitos aos trabalhadores...enfim...honra lhe seja feita por assumir frontalmente as suas posições, por mais polémicas que sejam...é de Homem!
Agora digo eu, para quando alguém que administre as ferrovia, com respeito, não só pelos trabalhadores mas também para com os utentes? É que quase todos os administradores que eu conheço da ferrovia não chegam nem aos pés do Xico van Zeller(e repito..DETESTO o Homem) em termos de frontalidade e pseudo administram o caminho de ferro duma maneira de bradar aos Céus.
Aliás, é minha firma convicção, que todos os quadros superiores, REFER/CP deveriam passar pelo menos 2 semaninhas por ano, lá em baixo a conviver com os mais diversos sectores das empresas. Assim, pelo menos, os maus gestores por desconhecimento de causa (que ainda são alguns!) passavam a ter conhecimento de causa dos disparates que para ai andam a fazer. Claro que isto não servia de nada para os grandes que lá andam, tentando afundar ainda mais o caminho de ferro INTENCIONALMENTE!
Viva o 1º de Maio
Vivam os Trabalhadores
Vivam os bons Administradores(que para mim são Trababalhadores pois fazem a sua função bem)
Viva o Almoço...adeus que me vou a ele....
Bom 1º de Maio para todos